Quitanda de fruta verde,
dá-me um gomo de laranja
para matar a sede.
Ou, então, será melhor
dar-me um veneno qualquer
porque eu ando perturbado
e o meu sonho anda queimado
por uns olhos de mulher!
- Minha senhora, laranja,
limão, fresquinho, caju,
ananás ou abacate!...
E a quitandeira passou,
saudável, viva, graciosa,
com uma flor desfolhada
no seu sorriso escarlate.
E no ar um som de musica ficou
e um perfume de fruta
que não matou minha sede
Oh agridoce quitanda
da fruta verde!...
(No reino de Caliban II - antologia
panorâmica de poesia africana de ex-
pressão portuguesa)
Tomás Vieira da Cruz
Quem nao conhece estes versos?
quem nao reconhece estas vias e veredas?
quem nao entende este palavrear?
quem depois de conhecer NAO AMA ANGOLA?
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